quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Cinco elementos importantes para uma web rádio significativa

A web rádio poderá também mobilizar e produzir engajamentos e ações que vão além do mundo virtual


Quando se fala em convergência de mídia, não se trata apenas  do caráter tecnológico mas diz respeito também  à maneira como a cultura midiática se comporta perante nos novos meios de comunicação, "recriando as mensagens da mídia... e compartilhando ideias espalhadas em vários meios de comunicação, em várias plataformas" ( Luís Mauro Sá MARTINO, 2015, p. 34). Se nesse contexto o rádio precisa estar na internet, deve considerar o que  pode ser feito neste espaço, diante dos novos comportamentos dos receptores. 

No post anterior, falei que uma web rádio precisa oferecer mais que uma transmissão via internet, justamente porque existe uma nova cultura no ciberespaço que entende ou entenderá o rádio de maneira diferente da convencional e talvez buscará nele algo mais. 

Sendo assim, levantamos 5 pontos que  o rádio na web pode levar em conta a fim de fazer sentido para a nova cultura:

  1. Produção de conteúdo. Na internet, as pessoas não só recebem informações mas ressignificam, editam e produzem conteúdo; logo, o ouvinte também será um produtor, seja em áudio ou de qualquer outra forma.
  2. Troca de Informações. No espaço da web a troca de informações é uma característica importante, por isso, numa web  rádio, o ouvinte/internauta, além de produzir, poderá passar a ser um emissor de conteúdo.
  3. Interação coletiva.  O rádio na web pode ser, portanto, um lugar de interação de diferentes formas e fontes. Uma produção coletiva de conteúdo  pode ser projetada a partir de temas  que são relevantes para a emissora de acordo com o seu segmento (no caso em questão neste blog, do segmento religioso).
  4. Criação de vínculos. Apesar de os vínculos de relacionamento  nas redes sociais serem fluidos, uma web rádio religiosa, pode gerar laços mais fortes  entre a audiência em si, entre a audiência com a emissora e com a religião, desde que os interesses comuns sejam bem trabalhados, assim como os temas e os valores que são pontos de ligação das pessoas nas mídias sociais.
  5. Geração de ações. Gerando vínculos, a web rádio poderá também mobilizar: criar discussões, que produzam engajamentos e ações que vão além do mundo virtual e tragam novos frutos e mudanças individuais e sociais.  
É importante frisar que, em tudo isso,  o conteúdo continua sendo o elemento mais importante  para o rádio e a web rádio. Se você tem um bom conteúdo será procurado sempre pelos seus ouvintes. Eles saberão onde encontrar o que precisam e com credibilidade, então, aposte em boas fontes e produza algo próprio, com sua marca e identidade.

Se quiser saber mais sobre o assunto, peça uma palestra gratuita em sua emissora entrando em contato.

Elane Gomes
fb/ElaneGomesAssessoria

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Novo conceito de web rádio para a evangelização

Uma web rádio precisa oferecer mais do que uma transmissão de rádio convencional na internet

O rádio é um dos meios de comunicação eletrônicos que mais se adapta às novas mídias. Pela sua maior interatividade e pelo contato individual com o receptor, ele tende a se adequar às várias modalidades de redes sociais. Entretanto, ainda sendo um dos meios de maior penetração no país, o rádio tem diminuído muito a sua audiência.

Segundo o Grupo Mídia Dados, em 2014, o número de domícílios com rádio no Brasil correspondia a 72, 4%, em 2015, diminuiu para 69, 8% . Em contrapartida o número de domicílios com internet em casa saiu de 44% em 2011, e chegou a 54% em 2014. Também em 2011, 76% dos brasileiros ouviam rádio uma vez na semana; em 2014 era apenas 69%. 

Uma pesquisa denominada Ideias e Aspirações do Jovem Brasileiro sobre Conceitos de Família, realizada pela PUC do Rio Grande do Sul, mostra que 72,4% dos brasileiros, entre 18 e 34 anos, têm como principal atividade o uso das redes sociais. A pesquisa mostra também que, para 92,9% deles, ter internet em casa é mais importante que ter uma lavadora de roupas ou um carro. São pessoas que nasceram no ambiente de internet e vivem conectadas. Entre as suas cinco principais atividades, o rádio nem sequer é mencionado. Os números fazem concluir que, com a era digital, já é fato que a internet será o futuro do rádio. No Brasil, boa parte das emissoras convencionais já têm sua programação na web.

No entanto, é importante frisar que rádio convencional na internet é diferente de uma web rádio. A primeira trata-se apenas de transmissão on-line da mesma programação enviada aos aparelhos através de um transmissor e de antenas, o simulcasting. Esta modalidade continua necessitando de concessão, autorização ou permissão conforme as normas legais. A segunda, a web rádio,  não precisa de autorização, é uma transmissão somente para a internet feita livremente, tendo cuidado apenas com relação aos direitos autorais das músicas veiculadas. É a modalidade webcasting. De uma forma ou de outra, todos estão entendendo que a convergência para internet é questão fundamental.

A web rádio atrativa vai além do convencional

É imprescindível utilizar os recursos da internet para realizar e ampliar o trabalho de evangelização e é possível fazer isso utilizando também  a linguagem do rádio.

Mesmo com as mudanças atuais na cultura e no uso dos meios de comunicação, o trabalho de levar a Palavra de Deus através do som continua eficaz, e pode ser ainda mais potencializado a fim de atingir, sobretudo, os que estão na plataforma das redes sociais, ou seja, grande parte das pessoas. Para tanto, precisamos utilizar um novo conceito de rádio, que vai além de um canal de web radio, simulcasting ou webcasting.

É preciso realmente "estar na web", falando pessoalmente com o usuário e deixando ele fazer junto a emissora; afinal de contas, quem acessa também é provedor de conteúdo, crítico e não aceita mais as informações como os antigos receptores da era dos meios de comunicação analógicos. Essa nova geração deseja consumir rádio de uma outra maneira. Assim, uma web rádio precisa oferecer mais do que uma transmissão  na internet.

Como se trata de um formato de rádio adaptado à linguagem de internet, a produção, programação e linguagem tendem a ser diferentes da rádio convencional, adotando o estilo próprio da web e das redes sociais. Se estiver em simulcasting, os locutores terão dois públicos, que se tornam bem diferentes, principalmente no caso das rádios AM.

Embora o conteúdo não mude, porque  o Evangelho é o mesmo sempre, ele precisa ser entregue para esta nova cultura numa linguagem que ela entenda e que lhe faça sentido. Para isso, é urgente fazer uma web rádio nova, atrativa e interativa, que ultrapasse a réplica da rádio convencional no espaço da internet.

Se quiser saber mais sobre o assunto, peça uma palestra gratuita em sua emissora entrando em contato.

Elane Gomes
fb/ElaneGomesAssessoria