segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Sete passos para montar uma programação musical

O estudo do público é fundamental na hora de definir que música tocar em sua rádio



Será que na era dos tablets, smartphones, e de tantos aparatos em que as pessoas criam a sua própria playlist e curtem o som que estão  afim, na hora que querem e do jeito que querem, uma emissora de rádio ainda precisa se preocupar com programação?
Bom, hoje as pessoas continuam curtindo rádio e procuram a emissora  por causa do conteúdo, da informação, do ensino, da catequese... Também fazemos rádio para tocar as pessoas com a música, ela é um forte meio de evangelizar. Tem muita gente que interage na emissora para escolher a música preferida, para fazer um pedido musical e, mesmo tendo aquela música no seu celular, as pessoas querem ouvir o seu pedido sendo tocado na rádio e mencionado pelo locutor. Além disso querem compartilhar o seu pedido com outros ouvintes. Logo, a rádio precisa continuar se preocupando sim com a programação musical.

Vamos a algumas dicas!

1. Conheça o seu ouvinte
A primeira coisa é conhecer o perfil do ouvinte de sua emissora, de cada programa e horário. Que tipo de música reflete a identidade da sua rádio? Por exemplo, uma rádio jovem,  geralmente não irá agradar muito seu público se tocar músicas  da velha guarda. Mesmo católicas! A não ser que isso tenha um propósito especial, num determinado momento, e que este seja bem definido pela emissora e entendido  pelo ouvinte.  A rádio tem que saber o que o jovem está curtindo e montar uma programação baseada nesta pesquisa.
Se a sua emissora é uma rádio adulta, você precisa saber o que a maioria do seu público geralmente ouve. Preste muita atenção aos pedidos musicais. Eles dizem muito sobre sua audiência.

2. Trabalhar hits e lançamentos
Nos programas propriamente musicais, é importante colocar hits, lançamentos e o que está em alta. Entretanto, por no ar uma música que ninguém canta junto, durante a maior parte da programação musical, pode levar o seu ouvinte e migrar para outra  emissora. Começar o programa com um hit, faz muito bem e já coloca seu ouvinte interessado no horário.
Os lançamentos podem ser trabalhados estrategicamente com ações promocionais e comentários do locutor sobre a música, isso ajuda a despertar o interesse do ouvinte. Fazer um quadro ou programa sobre o tema da música ou ainda uma entrevista com o próprio músico, são algumas das tantas coisas que vão ajudar o lançamento a se tornar conhecido. Vale a pena colocá-los também em horários chaves da programação.

3. A música precisa reforçar a mensagem
Nos programas temáticos, é necessário que a música acompanhe a mensagem que está sendo trabalhada, isso vale também para os tempos litúrgicos da Igreja. Se você faz um programa oracional, as músicas precisam estar relacionadas com a oração ou tema que está sendo falado e, neste caso, não precisa se preocupar com a idade da música, o que é importante é que ela seja ideal para o momento e o público e que faça um par perfeito com a locução, levando-o à oração.
Se o seu programa fala de doutrina, escolha músicas que agregam e construam o tema que você está desenvolvendo, mesmo que ela não seja a sensação do momento, mas se for, melhor ainda!

4. Cuidado com repetições
Repetir um mesmo cantor em menos de uma hora da programação não é muito interessante. O mesmo vale para as músicas. Tocar a mesma músicas várias vezes no dia é muito cansativo, a não ser que seja pedido musical.

5. Parcerias com músicos e gravadoras
Outra preocupação são as parcerias. Se você tem parceria com algum músico e alguma gravadora, isso precisa ser levado em conta, mas sem esquecer do ouvinte que é a primeira pessoa a quem se destina a sua rádio. Mesmo neste caso! Toque as músicas dos parceiros estrategicamente e dentro do perfil de cada programa.

6. Fazer alternâncias
É importante fazer mesclas na montagem da programação  alternando, voz feminina, grupo e  voz masculina.

7. Definir o gênero
O estudo de público ajuda também a definir o  gênero musical  da sua rádio. Se a maioria dos seus ouvintes curtem músicas sertanejas, você não vai agradar muito colocando só rock. mesmo católicos!

Lembre-se de que a música não é para agradar o locutor e sim tocar o ouvinte, atendendo ao objetivo principal de uma rádio católica que é evangelizar.


Se você tiver mais dúvidas sobre o assunto deixe aqui o seu comentário! 

domingo, 4 de outubro de 2015

Como anda o rádio de hoje?

Muitas estratégias já têm sido adotadas para garantir a permanência do rádio



Em meio às várias discussões atuais sobre o
futuro do rádio, muita coisa já está sendo feita por quem trabalha no meio, aproveitando as diversas possibilidades que ele tem de se ajustar, acomodar e se reinventar. Dentre elas, muitas têm dado certo e se apresentado como soluções e saídas, das quais comentamos algumas!
Atualmente o rádio investe na internet e nas webradios, que não precisam de concessão.Ao entrar na internet, as emissoras começaram a aprofundar ainda mais na área de marketing e em pesquisa, a fim de conhecer o seu público na web e trabalhar melhor a publicidade e a programação. 

Na era do on demand as grandes rádios do país têm percebido que não basta fazer uma programação e colocá-la em simulcast num site ou blog. É preciso dar ao público de internet a capacidade de interação e de escolha sobre o que ouvir e em que horário. Isso tem levado muitas empresas a experimentarem diversas possibilidades comerciais em programação segmentada e customizadas e a  investirem nos podcasts e em horários alternativos só para o público da web.
Estratégias de multiplataformas são pensadas, por algumas empresas, como formas de sobrevivência do rádio atual. São  projetos especiais integrados com outros grupos de comunicação, fazendo o rádio atuar com mídias diferentes como jornais impressos, TVs, etc., unindo veículos de empresas distintas. A ideia é colocar o meio nos vários pontos de contato com o ouvinte. As redes têm se consolidado como um dos formatos para se aprimorar as atividades desenvolvidas pelas rádios e têm sido viabilizadas por modelos diversificados. Mas existem ressalvas quanto às transmissões de rede.
A mobilidade urbana nas grandes cidades e o maior número de atividades cotidianas fazem o rádio investir bastante também na  prestação de serviços, na customização, criando emissoras especializadas, a fim de encontrar novos nichos.
E o rádio digital? Ele chegou com a intenção de melhorar o áudio das emissoras e oferecer uma multiprogramação:  uma programação principal e outras para acompanhar a principal ou fazer conteúdos diferenciados específicos, tendo também canal de dados, que pode mandar informações para públicos diferentes. Os testes com os modelos de rádio digital demonstraram que este formato diminui a cobertura das emissoras, ou seja, diminui a abrangência.Os experimentos continuam, então vamos aguardar. 
Os aplicativos de rádio têm sido outra sacada, talvez umas das mais interessantes para o setor. O número de pessoas que usam smartphones tem crescido cada vez mais e a tendência é aumentar. Em contrapartida, o número de casas que possuem aparelho de rádio diminuiu consideravelmente. Passou a era do radinho de pilha! Agora é a vez do celular. Investir em aplicativos para os principais sistemas operacionais de celular é buscar estar aonde as pessoas estão e o rádio não pode se privar disso. Quantos mais aparelhos novos forem surgindo, tanto mais o rádio precisa estar integrado neles.
Em 7 de novembro 2013, Dia do Radialista, a Presidenta Dilma Roussef assinou o decreto que aprova a migração das rádios AM para a faixa FM.  Isso trará mais mudanças porém existem várias questões a serem levadas em conta.  Não é obrigado migrar mas quem não fizer isso não vai se sustentar. Estar regularizada, ter viabilidade técnica são as principais condições. O valor a ser pago será o valor da rádio FM daquela cidade, menos o valor da sua emissora, fora os custos com equipamento.
Rádio no streaming, rádio digital, convergência de mídia,  migração de AM para FM, rádio no celular, aplicativos... São vários os desafios que se apresentam hoje para o rádio e não falta  quem fale sobre o assunto.  Aqui, queremos propor, além de algumas reflexões sobre as mudanças e trazer possibilidades que podem ser adotadas neste tempo em que o rádio busca se reinventar. Muita coisa ainda poderá surgir por aí!


Quais são as suas dúvidas a respeito do futuro do rádio no Brasil? 

Mande suas perguntas e contribua com as informações, deixando o seu comentário!