É preciso saber lidar com o código para se comunicar
Em todas as épocas surgem novos cenários de comunicação.
Atualmente o processo comunicativo já saiu da esfera emissor - receptor. Alguém
envia uma mensagem para uma única pessoa, que é vista por várias outras, ou um
grupo manda uma informação para apenas um receptor, ou para outro grupo, e este
a compartilha das mais diversas formas… São várias as possibilidades,
envolvendo agora um número vasto de pessoas que envia e que recebe. O usuário
ocupa agora o espaço do antigo receptor. Aquele difere deste sendo mais
participativo, na verdade, mais ativo, interagindo, emitindo opinião,
sugerindo, comentando, enfim tendo mais “influência” na comunicação.
A mídia no bolso através do celular, potencializa
ainda mais a troca de informações. A cada dia um modelo novo surge no mercado e
tanto a Geração X como a Y e a Z precisam codificar e decodificar os símbolos,
a fim de acompanhar as mudanças. Para quem nasceu nesta era, tudo bem!
As questões que se impõe a tudo isso são: Até
que ponto nos comunicamos ? De fato ter acesso ou interagir, linkar, postar e
comentar me fazem realmente participar do processo de produção dos sites, blogs
e tantas outras mídias das grandes empresas de comunicação?
A internet promoveu a cultura do acesso mas ao
mesmo tempo muitos estão fora do mundo digital. Nisso, surge outra preocupação:
É preciso saber lidar com o código para se comunicar. O que quer dizer que,
quem não se familiariza com estes meios tende a, futuramente, estar num
ambiente desconhecido ou ser um alienígena. E mesmo que comece hoje precisará
desenvolver habilidades necessárias para usar as novas mídias.
Bom! Deixando de lado, no momento, as discussões
sobre políticas de inclusão, verificamos que, de fato, existe algo novo
surgindo e que tem mudado a forma de a sociedade se comportar. E, ao contrário
do que se pensa, ainda não vislumbramos o que pode vir a ser. Para quem tem
algo a dizer, é imperativo entrar nesses novos ambientes onde as pessoas se
encontram. Tem muita gente dizendo muita coisa nas redes sociais e tem pessoas
sabendo mais do que deveriam a respeito das outras.
Há algum tempo, li uma reportagem do jornal Folha
de São Paulo, mostrando que o Facebook, por exemplo, que é hoje
uma rede social onde se “encontram” milhões de pessoas, sofreu uma série de
reclamações dos seus usuários que alegam que os ‘outsider’ têm fácil acesso as
suas informações pessoais. Percebe-se nisto que se começa a surgir também uma
preocupação com a imagem, ou com a “reputação virtual”. Jovens que já sabem que
a imagem na internet acaba dizendo muito a seu respeito, estão se preocupando
agora com o que postar, que foto colocar…
No Twitter a preocupação com a postagem
vigora. Pessoas públicas já sentiram na pele o que é este novo tempo da
interatividade, onde o usuário, diferentemente do humilde receptor, entra e diz
o que pensa a seu respeito.
A cautela é uma boa dica para quem está na rede!
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